Toda a matéria é constituída de átomos, que, por sua vez, são formados por partículas. Estas são os nêutrons, os prótons e os elétrons. Na região nuclear de cada átomo estão localizados os nêutrons e os prótons, enquanto que na região em torno do núcleo, na eletrosfera, circulam os elétrons.

 

Os prótons e os elétrons são as partículas atômicas que possuem carga elétrica. Os prótons possuem carga positiva, os elétrons possuem carga negativa, enquanto que os nêutrons, conforme o nome sugere, são neutros, ou seja, não possuem carga elétrica.

 

A carga elétrica de um próton e de um elétron tem o mesmo valor absoluto, mudando, apenas, o sinal. Assim, temos que a carga elétrica de um próton é + 1,6. 10^-19 Coulomb, enquanto que a carga elétrica de um elétron é - 1,6. 10^-19 Coulomb.

O valor modular da carga elétrica de um próton, ou de um elétron, corresponde à carga elétrica elementar (e):

e = 1,6 . 10^-19C

 

Se o valor absoluto da carga elétrica de prótons e de elétrons é o mesmo, então, um corpo que possua igual número de prótons e de elétrons em sua constituição é um corpo neutro. Por outro lado, se um corpo possuir mais elétrons do que prótons ele será um corpo eletrizado negativamente; enquanto que um corpo que possua menos elétrons do que prótons será um corpo eletrizado positivamente.

 

• E como se dá a eletrização dos corpos?

 

Frequentemente, a Eletrostática é definida como o ramo da Física que estuda o comportamento das cargas elétricas em repouso. Contudo, isso não significa que os elétrons estejam parados, na verdade, esse repouso indica que os elétrons não estão se deslocando de forma ordenada, ou seja, eles não estão gerando uma corrente elétrica.

Uma definição mais esclarecedora do que é Eletrostática pode ser dada pela seguinte afirmação:

 

Eletrostática é o ramo da Física dedicado à compreensão dos fenômenos elétricos que ocorrem nos corpos eletrizados!

 

A eletrização de um corpo pode ocorrer através de três maneiras: eletrização por atrito, eletrização por contato ou eletrização por indução.

 

A eletrização por atrito se baseia no fato de os elétrons das camadas mais externas da eletrosfera estarem ligados (por atração) mais fracamente ao núcleo. Quando um corpo é atritado, aqueles elétrons mais “frouxos” tendem a ser perdidos para os átomos do outro corpo. A facilidade de perder elétrons por atrito é distinta entre diferentes materiais e os classifica na chamada série triboelétrica. Verifique abaixo uma relação triboelétrica entre materiais diferentes, note que o vidro tem mais facilidade de perder elétrons do que a mica que, por sua vez, tem mais facilidade de perder elétrons do que a lã, e assim sucessivamente:

 

 

 

 

O resultado da eletrização por atrito é a eletrização positiva do corpo que perdeu elétrons e a eletrização negativa do corpo que os recebeu.

 

A eletrização por contato ocorre quando um corpo condutor transfere elétrons para um corpo neutro através de contato. Nesse caso, se o corpo condutor estiver positivamente carregado ele irá “capturar” elétrons do corpo neutro, dito de outro modo, o corpo neutro transferirá parte de seus elétrons para o outro corpo tornando-se também positivamente carregado.

Analogamente, se o corpo condutor estiver carregado negativamente, ele transferirá elétrons para o corpo inicialmente neutro, tornando-o também negativamente eletrizado.

 

Na eletrização por indução, a transferência de carga elétrica entre os corpos ocorre sem que entrem em contato um com o outro. Nesse caso, um corpo eletrizado positivamente induz um corpo neutro à polarização. Note que, aqui, não ocorre transferência de elétrons, mas sim a polarização do corpo induzido que passa a concentrar suas cargas negativas mais para o lado adjacente ao corpo indutor.